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Curitiba
Arena da Baixada
Capacidade: 41.200 lugares
População: 1,7 milhão de habitantes
PIB: R$ 32,1 bilhões
PIB per capita: R$ 17,9 mil
Aeroportos: Aeroporto Internacional Afonso Pena e Aeroporto de Bacacheri
Rede hoteleira: 19,7 mil leitos
Estabelecimentos de saúde: 811
Transporte público: 5,3 mil ônibus
Metrô: não
Fontes: IBGE e comitê da cidade candidata
A cidade
A cidade destaca-se principalmente por seu sistema de transporte público. Projeta-se ainda nas áreas de educação, saúde e preservação do meio ambiente.
O estádio de Curitiba
A arena é equipada com vestiários, camarotes, camarins para shows e sistema de segurança, com mais de 200 câmeras.
Em julho de 2009 seu anel inferior recebeu cinco mil novos assentos, elevando o número de lugares para 31 mil.
Em 2012 espera-se que a capacidade seja elevada para 41 mil pessoas.
As melhorias devem ser feitas nas áreas VIP, salas de imprensa e estacionamentos. Segundo o projeto de Curitiba para a Copa de 2014, todas as reformas e ampliações serão realizadas com investimentos privados e terão sustentação econômica em função dos jogos dos campeonatos estaduais e nacionais.
Visibilidade para o turismo
A cidade destaca-se no mercado de turismo de negócios, e é a terceira cidade brasileira mais visitada por estrangeiros que vêm ao Brasil a negócios, de acordo com o Plano Aquarela Embratur 2007. Mas apesar de não se destacar como destino turístico de passeio, Curitiba conta com atrativos, como a Rua 24 Horas, a Ópera de Arame, o Museu Oscar Niemeyer, o anfiteatro da Pedreira Paulo Leminsky, além de uma cena cultural expressiva e um bairro (Santa Felicidade), inteiramente dedicado à gastronomia.
A intenção é aumentar o número de visitantes à cidade – que hoje chegam a 2.240.659 por ano – e seu tempo de permanência, atraindo turistas a outros pontos de interesse do Paraná, como Foz do Iguaçu, um dos cartões postais brasileiros mais reconhecidos pelos turistas, ou a ferrovia Curitiba-Paranaguá, que cruza a Serra do Mar e passa por localidades como Morretes e Antonina.
Infraestrutura hoteleira
Além disso, as regras de hospedagem da Fifa permitem a inclusão de hotéis que se localizem em um raio de até 120 km da sede principal. No caso de Curitiba, essa área inclui desde o litoral paranaense até Ponta Grossa.
Mobilidade e acessibilidade
A cidade também está trabalhando para melhorar a conectividade com outras cidades do interior e capitais de estados vizinhos. Já estão em andamento obras na rodovia Regis Bittencourt, que liga Curitiba a São Paulo; na BR 101, na ligação com Florianópolis; e na BR 116, a caminho do Rio Grande do Sul; e existem planos para investir nas rotas para Londrina, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu e Litoral. A prefeitura municipal planeja ainda a implantação de um metrô elevado, que em sua primeira fase ocuparia 13 km da BR-116 e atenderia a 183 mil pessoas /dia.
O transporte público de Curitiba serviu de inspiração para o TransMilênio, sistema de transporte de Bogotá, na Colômbia.
Veículos biarticulados expressos (os chamados ligeirinhos) conectam terminais integrados em diferentes regiões do município por trajetos desprovidos de paradas intermediárias, e vias exclusivas que facilitam a circulação dos veículos.
A cidade também é dotada de ciclovias que interligam os parques e logradouros da cidade. Os visitantes contam também com a Linha Turismo, que circula nos principais pontos de interesse da capital.
Infraestrutura aeroportuária
O aeroporto passará por uma reforma que visa a aumentar a capacidade de atendimento para seis milhões de passageiros por ano até 2014. A primeira fase da obra contempla a ampliação do pátio de aeronaves e terminal de passageiros.
A capital paranaense foi escolhida como uma das cidades-sede da Copa 2014. Agora, começam de fato os desafios para que Curitiba consiga superar as deficiências em infraestrutura, esportiva e geral, para atender às exigências da Fifa e, principalmente, transformar esse mega evento em plataforma para se lançar como destino turístico internacional, especialmente do turismo de negócios.
Os principais itens a serem equacionados pelos poderes públicos em Curitiba relacionam-se à capacidade de vagas nos estacionamentos do entorno do Arena da Baixada, de acessibilidade ao estádio por transporte de massa e a mobilidade dos turistas dos pólos hoteleiros ao estádio e para os principais destinos turísticos.
Além dessas questões, a capital paranaense precisará equacionar as dificuldades de mobilidade dos turistas do aeroporto aos pólos hoteleiros, especialmente nos horários de maior movimento do trânsito. Há ainda outras questões relacionadas à segurança e limpeza urbana, itens que, de acordo com pesquisas, afetam sensivelmente a percepção do turista estrangeiro.
Curitiba precisará de um planejamento por parte da Prefeitura específico para melhorar a limpeza pública, ação que trará resultados não apenas na imagem da cidade para os turistas da Copa, mas permanecerá como um resultado positivo para os seus habitantes e visitantes muito depois da realização do campeonato mundial de futebol.
A segurança pública também exigirá uma proposta específica, visando a garantir a segurança de turistas, nacionais e estrangeiros, em visita à cidade. Tudo isso é essencial para que Curitiba se firme como um pólo turístico de negócios, principalmente, mundial.
Todas essas questões e desafios, porém, exigem planejamento, disciplina que anda relegada ao segundo plano em nos- so país. Afinal, da data da escolha do Brasil para sediar a Copa 2014 ao anúncio das cidades-sede passaram-se 19 meses. Perdidos, pela falta de planejamento.
As obras necessárias nas diversas áreas exigem projetos executivos (em sua forma final, detalhada), que estabeleçam técnicas construtivas, especificações de materiais, cronograma e orçamentos rigorosos, a fim de evitar serviços feitos às pressas, portanto mal feitos, com custos muito superiores aos previstos inicialmente.
O exemplo negativo mais recente é o da realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. As obras ali, estimadas inicialmente em R$ 400 milhões, custaram ao final R$ 3,8 bilhões. E deixaram um “elefante branco”: o estádio do Engenhão. A capital carioca praticamente não se beneficiou dos investimentos.
Assim, é essencial que o governo do Estado, a prefeitura curitibana e as de- mais prefeituras das cidades que serão impactadas pelo turismo da Copa preparem-se já, planejando as obras e serviços necessários, que podem ser realizados diretamente ou por meio de parcerias público-privadas (PPPs) ou concessões, contratando os projetos executivos e definindo cronogramas e orçamentos.
Esta é a fórmula para que o maior legado da Copa 2014 seja um Brasil melhor em 2015.
Amanhã: Fortaleza
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