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terça-feira, 18 de novembro de 2014

MasterChef Brasil - Stress, vegetais e bolo quase fofo.



Uia!! No programa de ontem teve stress hein?!
Começando pela caixa misteriosa, ingredientes para preparação de um prato vegetariano, uma sobremesa, usando tudo, usando o que quisessem do conteúdo. Pois bem, vegetais bonitos e coloridos, frutas frescas, tofu, além dos ingredientes disponíveis na bancada de trabalho... Dava margem pra criar muito, pra variar, pra inventar e brincar! Aí faltou ousadia, acho eu. Faltou criatividade, sobrou medo de se aventurar e se dar mal. Os participantes que mostraram o tempero melhor, um certo cuidado a mais, uma apresentação mais caprichosa, esses se destacaram. Ainda assim...
Olha só: numa competição onde o que vale é o talento para encher os olhos, o estômago e a boca de cores, sabores e sensações, onde a capacidade de surpreender os jurados é ingrediente essencial, o que eu ando vendo muito é receio. Receio de enfrentar as críticas dos chefs que julgam, receio de inovar e tropeçar, de criar e desagradar. Ando vendo muitas expressões de pânico, e quero crer que não sou só eu!

A cozinha do Master Chef, lugar tão almejado pelos concorrentes de avental, anda meio apagada. Isso na minha opinião, claro. Quando a gente que curte cozinhar se depara com algum ingrediente inusitado, totalmente novo, diferente do que a gente está acostumado, ou mesmo desconhecido, a primeira coisa a fazer (assim, falando por experiência própria, é o que eu acho que deveria acontecer) é pegar o tal ingrediente e cumprimentar, deixar o "fulano" se apresentar, tentar conhecer, experimentar, chegar no "cara" e ouvir o que ele está dizendo. Tipo, o ingrediente é uma couve flor de cor arroxeada, linda, parece estar viva, capaz e se pronunciar a qualquer momento. Quem gosta de comida, de cozinha, de cozinhar, logicamente vai tentar sacar qual é a desse ser estranho. Cheirar, experimentar um pedacinho cru que seja, tocar e realmente sentir a textura... Tá bom, deu pra começar a entender um pouco melhor "quem é a figura" que você vai levar pra panela? Respira fundo, pensa um pouco e mãos à obra, fófi! É um pouco decepcionante ver pouquíssimos competidores fazendo isso, sabe? Ma va bene... é um tantinho compreensível, né? Nervosismo é um chute na nuca pra quem está concorrendo à realização de um sonho. Então... se preparem povo! Meditação, chá de camomila, um energético que seja, reza braba, oferenda pro santo... Vale tudo pra chegar e arrebentar na hora do vamos ver!

Bom...antes de qualquer coisa, queria deixar claro que eu sei que faz parte do clima do programa a pilha que a Ana Paula Padrão fica botando, aumentando o volume da voz pra dizer pros participantes que o tempo está acabando - isso acontece em todos os programas de competição, né? Tá... aí todo mundo olhando pro relógio, fófi se descabelando (aaai os cabelos em cima da comida, per favore!!). Tem todas as expressões de suspense dos jurados, as caras de paisagem, as caras feias, os sorrisinhos discretos, o script todo né? Apresentação dos pratos para o júri, tensão e nervosismo, um bocado de insegurança transparecendo nos rostos de vários cozinheiros.
Uma coisa que me irrita muito, preciso acrescentar, é quando um jurado chega em frente a um prato apresentado e desmonta tudo, mexe e remexe com o garfo, destrói a montagem e ainda olha feio, só pra depois se mostrar e se pronunciar em favor do tal prato! Um saco isso, mas parece ser mesmo mania de chef-jurado. Não acho que fazer isso com um prato, com a comida, vá fazer alguma diferença para um bom julgamento, fala sério. Mas cada um faz como acha que deve, è vero??

Muitos candidatos deixaram totalmente a desejar. Muitos se prendem ao que é seguro e mais provável de passar incólume pelo julgamento. Alguns nem sabiam descrever a idéia principal do prato, se era entrada, se era supostamente um prato principal, teve exagero em ingredientes, teve falta de criatividade, teve bagunça, falta de expediente. Sufoco né?
Cecília se destacou com seus rolls de cogumelo com aioli. A apresentação estava bacana, o prato foi bem planejado, e logo de cara deu pra perceber que deveria estar bom. A Cecília trabalha bem sozinha; desde o começo já ficou claro que ela tinha potencial para ir longe na disputa. Elogiada, ficou entre os três melhores. O prato do Flávio, que levava tofu, parmesão e legumes, estava bonito, bem apresentado, aparentava capricho, e foi considerado mais um entre os melhores. Lúcio arrasou com seus feijões. Ótima idéia, e também arriscada, cozinhar os feijões, e montar um prato que foi considerado completo, com champignons e castanha de cajú. Criou, inovou, se esforçou, e se deu bem, merecidamente! Os dois moçoilos foram muito elogiados, e deu pra ver a carinha de contentamento dos fófis, claro! Os jurados conseguem imprimir essa insegurança nos concorrentes, acho eu. Talvez seja desnecessário, mas isso é só o meu ponto de vista.  No final, os concorrentes que melhor encararam a caixinha da fófi da Pandora, que tiveram mais esmero, melhor tempero, executaram melhor o que foi pedido, tiveram melhor criatividade, foram os que se deram bem. Flávio teve o prato vencedor.

Na sequência, chamaram Alex Atala para demonstrar a montagem de um dos seus pratos, uma sobremesa, que teria que ser reproduzida pelos participantes que sobraram. Na boa? É sério que a tal quenelle com uma colher era necessária? É apresentação ao vivo de técnicas especiais o que ele oferece no restaurante dele ou uma comida boa e honesta? Inventar pra encher linguiça, gente? Quenelle é tradicionalmente feita com duas colheres e foi... Aí é como ficar vendo o pizzaiolo jogar a massa pra cima através do vidro da pizzaria, né? Desnecessário. Não curtí a participação do chef, dando toques a mais para uns, a menos para outros... Não brilhou.

Eliminação.
Na contramão, lá estava novamente o Mohamad, turbinado, fio desemcapado como sempre... deu pena, não porque o desempenho do moço na preparação do seu prato tivesse sido louvável, de ótimo nível ou merecedor de elogios. O tratamento dado a ele é que deixa a desejar. Está bem óbvio que o competidor se destaca sempre, em todos os programas lá está ele causando, divertindo a audiência - menino maluquinho de carteirinha, só falta a panela na cabeça - e tem a língua solta, é espontâneo. Daí que isso mexe com os brios e egos dos monsenhores chefes jurados, mas tenho pra mim que também diverte a madre superiora Pati-chef. Jacquin nem tenta ser educado, acho até que provoca, porque sabe que vai ter resposta, e assim, vai ter a chance de estufar o peito/barriga, esbugalhar os olhos, encolher a papada farta e soltar o verbo na sua falha tentativa por um português nada claro. Ui! O pit-chef Foguinho, OPS!! Fogaça, digo, se divide entre adestrador sádico e cuidador querido que dá treats por uma abanada de rabo, vai entender. O negócio é que o gurí não sabe ouvir calado (e é autêntico nisso, tá de parabéns! hahaha), e responde mesmo, nem que seja daquele jeitão largado, retrucando, sem querer ofender, apenas se defendendo. Mohamad não é o participante mais talentoso por alí, aliás passa longe, mas certamente se destaca entre os cozinheiros, e é lógico que isso será aproveitado até a última instância! Boba a Band? Capaz! Só acho que tem tretinhas desnecessárias, aquele tipo de stress pré-programado, sabe? Chega uma hora que fica claro, óbvio e ululante que a coisa virou mais uma parte do script. Basta rever o video na parte em que Mohamad, o destemido, vai se deslocando para a sua bancada e solta uma respostinha quase inofensiva, para que Shun-Li retruque o retrucador com um claro e BEEEEM alto "boquirroto". Até o rapaz se surpreendeu com a reação da apresentadora. Óbvio também a provocação de Jacquin com o moço, dizendo que ele nunca vai ser cozinheiro... Não sei se a intenção é provocar por provocar, ou se ele está tentando empurrar o Mohamad para dar o melhor nas provas. De boas intenções... nem precisa falar né?

Ecco! Reta final do episódio, e lá estão Mohamad, o destemido, e Sandra, inconformada com a posição de possível eliminada, achando injusto (com a sua razão) o fato de ter tido participante que refez o bolo... Entre os dois, a falha na execução e montagem da sobremesa. Sandra errou no ponto do bolo, e segundo ela, o forno não estava quente, muito embora ligado para pré aquecer. Ironia Sandra errar justo numa sobremesa, que é bem a praia dela. O bolo de Mohamad estava errado no sabor. Vale lembrar que todos tinham a receita para seguir e reproduzir. Erro, equívoco, nervosismo, falta de atenção, desorganização? Tudo junto? Cada um deu suas justificativas, se defendeu como pôde. Mohamad levou a melhor entre os piores, e permanece no Master Chef Brasil para dar mais o que falar, né não? Ele pode se levantar e começar a dar uma boa volta por cima. Resta saber se ver isso acontecendo está entre as intenções do programa...
Então é isso... :)
Beijinhos, queridos e queridas, e até já! 
-Aninha


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